
Jornalista há 28 anos, a maioria deles dedicados ao esporte, cobriu as Copas do Mundo de 1998 (França), pelo Notícias Populares, e 2006 (Alemanha) pelo Diário Lance!, onde foi editor-executivo. Sete anos como comentarista e editor-executivo na ESPN Brasil, tendo participado da cobertura da Copa do Brasil (2014) e da Olimpíada do Rio-2016 pelo canal.
Um torneio de sobrevivência

Os jogos de ida das quartas de final rolaram esta semana e se tem uma conclusão a ser tirada sobre o tipo de competição que é a Copa do Brasil, ela ficou clara: é um torneio de sobrevivência.
A cada jogo, a luta não é para vencer, mas para chegar vivo até o final da fase. Assim se comportaram quase todos os times que entraram em campo, derrotados e vencedores.
O exemplo mais claro disso foi o Athletico-PR de Felipão. Praticamente não passou do meio de campo no Maracanã contra o Flamengo. Foi bombardeado por mais de 90 minutos, recebeu bola na trave, viu defensor salvar o gol na linha, fez cera, ganhou o tempo que pôde… e conseguiu levar para Curitiba um 0 a 0 precioso. Na cabeça dos
jogadores e do treinador a palavra sobrevivência esteve marcada o tempo todo.
Muitos reclamam do tipo de jogo praticado pelo time de Felipão, que contou com enorme dose de sorte. Mas o que seria do futebol se ele não proporcionasse placares como o do Maracanã, em que um time conta com a incompetência do rival em fazer um gol e com a sorte para sobreviver?
Em Goiânia, o Corinthians até tentou, mas fez uma péssima jornada e tomou 2 a 0. Ainda está vivo na competição porque é muito forte jogando em casa. Ou seja, apenas sobreviveu.
E no Morumbi o São Paulo até venceu, mesmo jogando mal, o América-MG. Leva uma vantagem miúda demais para Belo Horizonte, mas ao menos está vivo, bem como o rival. E teve outro personagem sobrevivente também, o goleiro Thiago Couto, que passou de contestado a herói após defender um pênalti.
No último confronto da fase, entre Fortaleza e Fluminense, talvez se tenha o único time que parece já morto: o Fortaleza de Vojvoda, derrotado em casa e encalacrado no Brasileiro. O Flu de Diniz? Este parece ser um dos times mais vivos não só da Copa do Brasil como da temporada do futebol brasileiro.