Djokovic não vai poder disputar Roland Garros sem estar vacinado

Após ficar fora do Australian Open por tentar entrar na Austrália com uma isenção médica, já que não se vacinou contra a covid-19, Novak Djokovic também pode não disputar Roland Garros este ano. Se na semana passada o governo francês havia dado sinal verde para o número 1 do mundo defender o seu título no segundo Grand Slam do ano mesmo não estando imunizado, bastando fazer uma quarentena obrigatória quando chegasse a Paris, agora o cenário mudou completamente.
No domingo, 16, o parlamento francês aprovou lei que exige o comprovante de vacinação para circulação em locais públicos, o que inclui também estádios e ginásios esportivos. A ministra do Esporte da França, Roxana Maracineanu, informou que todos os envolvidos nos eventos realizados no país – incluindo os atletas – deverão estar vacinados contra o novo coronavírus.
“O passaporte de vacinação foi adotado. Assim que a lei for promulgada, será obrigatório para entrar nos edifícios públicos já sujeitos ao passaporte de saúde (estádios, teatros e salas de espetáculo) para todos os espectadores, praticantes e profissionais franceses ou estrangeiros. Obrigado ao movimento do esporte pelo trabalho de convencer os últimos e raros não vacinados”, escreveu Maracineanu.
Com a decisão, apenas tenistas vacinados poderão participar de Roland Garros, o que deixa Djokovic com uma interrogação sobre seu futuro no torneio. O Grand Slam mais charmoso do circuito começa no dia 22 de maio, ou seja, o sérvio ainda tem tempo para ser vacinado e estar apto para defender seu título no saibro parisiense.
Entenda o caso de Novak Djokovic na Austrália
Sem esclarecer seu status de vacinação contra a covid-19, Djokovic embarcou para a disputa do Australian Open com uma isenção médica para disputar o torneio, que exige a imunização de seus participantes.
Apesar da permissão especial, o sérvio foi barrado no desembarque no país por não apresentar evidências suficientes para obter a isenção médica, teve seu visto cancelado e precisou passar por uma audiência na segunda-feira, 10. Enquanto aguardava o desenrolar do caso, o tenista foi levado e ficou isolado no Park Hotel, em Carlton.
A primeira anulação do visto, porém, foi revogada na segunda-feira, 10, e o sérvio chegou até a treinar em solo australiano.
Em meio às polêmicas, ele usou as redes sociais na quarta-feira, 12, e admitiu o preenchimento incorreto de seu formulário de entrada na Austrália e assumiu ter participado de uma entrevista após testar positivo para a covid-19, em dezembro, quando estava na Sérvia.
Na sexta, 14, o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, cancelou o visto do tenista pela segunda vez, alegando motivos de “saúde e ordem”. No sábado, 15, Djokovic voltou a ser detido e foi deportado após a decisão do domingo, 16.